terça-feira, 19 de novembro de 2013

"CAVALGADA" Vera Fracaroli



 
CAVALGADA
Duncan precisou controlar-se para não pressionar Zeus
Para irem mais rápido. Seus novos cavalos vinham
Trabalhando arduamente enquanto ele e a esposa galopavam
Pelas colinas do norte da Inglaterra e da Escócia.
Esse último trecho da viagem havia sido um tipo especial de
Lua de mel. Gynne, sua esposa, cavalgava meio corpo à sua frente,
E ele aproveitou a oportunidade para estudá-la.
Já conhecia bem o corpo leve e sensual, a pele sedosa e macia
Contra a sua, tão áspera. A cada dia, ela lhe parecia mais bela.
À sua frente, Gynne remexeu-se:
__ Falta muito ainda?
__: Após a próxima curva.
Gynne chegou ao seu novo lar despenteada e sem fôlego
Pela cavalgada.  Duncan tomou a esposa pela mão e subiu
Com ela meia dúzia de degraus que levavam ao castelo.
Gynne examinou o imenso salão com admiração. Ele girou-a
E sapecou-lhe um beijo. Ela retribuiu o beijo, a boca tão
Doce quanto o mel.
__ Há uma celebração de boas-vindas, formando-se no pátio,
Que durará até a madrugada.
Duncan já sentia o sangue latejando, mas não por causa da música.
Ele passou um braço em torno dos ombros da mulher e a guiou.
Ela olhou brevemente para seus trajes de montaria empoeirados.
__ A carruagem com nossa bagagem ainda não chegou. Tenho apenas
Essas roupas e um vestido todo amassado.
__: Você é ainda mais adorável sem um fio de tecido sobre o corpo!
__Você está se tornando mais escocês e desbocado.
__: Temos alguns minutos antes de descermos.
Ele voltou a beijar a esposa, começando abaixo de sua orelha e descendo.
__ Definitivamente mais ousado. Você parece outro homem.
 
__: e você gosta?
__: Ah! Sim...
Ela pressionou o corpo contra ele, sentindo-se latejar suavemente as pernas.
__ A comemoração pode esperar : disse ele, em voz rouca.
Ele levantou a saia e a anágua, correndo a ponta dos dedos para cima na parte
Interna das coxas, antes de mergulhar na umidade aquecida que o esperava.
Ela arfou.  Gynne deslizou as mãos para as calças do marido. Um botão
Voou longe enquanto Duncan esforçava-se para abrir as calças.
Excitado demais para sutilezas, ele lançou-se com urgência no corpo que ansiava
Pelo seu. Por um instante, ambos ficavam imóveis, paralisados pelo prazer intenso
Da união. Gynne começou a movimentar seus quadris, com a respiração deita de
Gemidos . Seus movimentos o levavam à crescente loucura, enquanto o queixume
Das gaitas ecoavam seu voo sobrenatural. Embora desejasse que essa harmonia
Abrasadora durasse para sempre, ele sabia que estava a instantes de clímax.
Deslizando a mão entre os corpos, ele a tocou intimamente. Ela dissolveu-se em
Convulsões frenéticas, que apenas serviram para liberar seu próprio prazer.
Agarraram-se um ao outro, apoiados pela parede.
Ele riu brevemente e disse, enquanto espalhava beijinhos na testa e têmporas
De sua mulher:
__ Não existem palavras para descrever um prazer assim.
__: Nunca mais conseguirei ouvir gaitas de fole sem recordar nosso momento.
__ Então, contratarei um músico para o castelo __ disse ele.
__: Ela riu enquanto afastava-se.
CONTO: VERA FRACAROLI
18/11/2013
 
 

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